Oficina define regras e planeja atividades de manejo do pirarucu na RDS Cujubim, em Jutaí
Comunitários que vivem na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Cujubim, no município de Jutaí (a 751 quilômetros de Manaus), estão desenvolvendo ações para o manejo do pirarucu. Com apoio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), foi realizada oficina de planejamento para a atividade.
A oficina ocorreu entre os dias 29 de julho e 2 de agosto, e envolveu moradores das comunidades Novo Paraíso e Vila Cujubim. No encontro, foram definidas datas para a contagem dos peixes, bem como as regras para a pesca e beneficiamento do pirarucu, que devem ser realizados a partir da última semana de agosto. A ação contou com apoio da Fundação Amazonas Sustentável (FAS).
“Nossa tarefa é distribuir as atividades entre os pescadores, definir quem vai vender, quem vai pescar, quais barcos e apetrechos poderão ser utilizados, e assim estabelecer um acordo para a pesca”, disse o gestor da RDS, Adevane Araújo.
De acordo com o gestor, o acordo é de extrema importância para as comunidades, pois é uma forma de envolvimento dos moradores, promovendo o empoderamento das lideranças comunitárias e a melhoria da qualidade vida dentro da reserva, com a conservação dos recursos pesqueiros.
Manejo do pirarucu – A atividade de manejo do pirarucu em unidades de conservação estaduais gerou, na safra de 2017-2018, faturamento bruto médio por família de R$ 2.835,18, com volume de produção de 681,9 toneladas. Nas RDS Amanã, Cujubim, Piagaçu-Purus, Mamirauá e de Uacari, o manejo de pirarucu beneficiou, em 2018, 843 famílias.
Na RDS Cujubim, o manejo de pirarucu conta com apoio da Operação Amazônia Nativa (Opan) e FAS, por meio do Fundo Amazônia/BNDES e Banco Bradesco.
FOTO: Marcelo Castro/FAS