Oficina promove capacitação de monitores de tabuleiros de quelônios na RDS Uacari
Formação tem o objetivo de aprimorar acompanhamento da desova de filhotes nas praias do Rio Juruá
Monitores de tabuleiros de quelônios da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Uacari – Unidade de Conservação (UC) gerida pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) – participaram de uma capacitação para aprimorar os trabalhos de conservação da espécie na região do médio Juruá, no município de Carauari (a 788 quilômetros de Manaus).
Comunitários da Reserva Extrativista do Médio Juruá, UC de gestão federal, além de moradores de Carauari e Itamarati (a 985 quilômetros de Manaus) também participaram das oficinas, realizadas entre os dias 04 e 06 de junho. Ao todo, 57 monitores foram alcançados.
Segundo o gestor da RDS Uacari, Gilberto Olavo, a capacitação é uma etapa importante para que os monitores possam aprimorar o acompanhamento dos tabuleiros de desova e o nascimento dos filhotes de quelônios. Na UC, a atividade já é realizada há mais de 30 anos.
“Em 2023 tivemos 279 mil filhotes devolvidos à natureza. Isso indica que as comunidades estão mais participativas e fortalecidas nesse trabalho e os monitores são peças fundamentais para isso. Após a desova das fêmeas às margens do rio, são eles que realizam a contagem dos ovos e a vigia dos tabuleiros, garantindo a segurança contra predadores e a caça ilegal”, ressaltou o gestor.
Além da proteção das praias, os monitores acompanham a eclosão dos ovos, o remanejo para os berçários e tanques, o desenvolvimento dos filhotes encontrados em vulnerabilidade e a posterior soltura de volta ao Juruá. A oficina ocorreu em alusão à Semana do Meio Ambiente e, ainda, ao aniversário de 19 anos da RDS Uacari.
A capacitação foi realizada pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a Associação do Moradores RDS Uacari (Amaru), Associação dos Moradores do São Raimundo (Amecsara), o Memorial Chico Mendes e o Projeto Pé-de-pincha, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).
FOTO: Divulgação/Sema