Secretários de Meio Ambiente da Amazônia Legal realizam primeira reunião de 2023, em Brasília

Fórum de Secretários do GCF Task Force é presidido pelo secretário de Estado do Meio Ambiente do Amazonas, Eduardo Taveira

Secretários de Meio Ambiente dos nove estados da Amazônia Legal estiveram reunidos, nesta quinta-feira (26/01), para a primeira Reunião Ordinária do Fórum de Secretários da Força-Tarefa de Governadores para o Clima e Florestas – o GCF Task Force. Durante o encontro, eles discutiram os desafios para a gestão ambiental no bioma e as perspectivas para 2023. O encontro vai até esta sexta-feira (27/01).

O Fórum de Secretários da Amazônia Legal é um dos espaços mais importantes onde gestores das pastas de meio ambiente da região debatem pautas coletivas e articulam uma atuação em conjunto contra os desafios ambientais da maior floresta tropical úmida do mundo. O grupo é atualmente presidido pelo secretário de Estado do Meio Ambiente do Amazonas, Eduardo Taveira.

“Expomos aqui, desafios e metas que estão sendo compartilhadas para alcançar uma Amazônia mais próspera e produtiva, sem desmatar e com garantia de proteção da floresta e do povo que vive nela. O Fórum é um mecanismo importante para que a gente possa ter uma voz unificada a favor de toda a região”, declarou.

A secretária do Meio Ambiente de Mato Grosso, Mauren Lazzaretti, reforça a importância do grupo. “A troca de experiências para nós é disruptiva. Muitas vezes ficamos nos nossos estados, concentrados nos desafios, e essas reuniões nos permitem ir além. Esperamos que um ambiente político mais favorável, nos permita ter bons resultados para a Amazônia brasileira e para Brasil”, destacou.

Ações integradas para 2023

O Fórum teve início com a apresentação do relatório de atividades desenvolvidas pelo GCF ao longo de 2022 e os desafios propostos para 2023. O restante do encontro se deu em volta da construção do plano de trabalho do grupo para o decorrer deste ano.

As atividades incluem o desenvolvimento de novas parcerias, em especial, de projetos institucionais apoiados pela Iniciativa Internacional do Clima e Florestas da Noruega (NICFI) e pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).

O estreitamento de articulações internacionais para o lançamento de uma Câmara de Comércio da Amazônia nos Estados Unidos também está na perspectiva para 2023. O objetivo é facilitar o intercâmbio comercial com o país, para viabilizar negócios de impacto social e ambiental na região.

Além disso, o grupo também discutiu sobre a possibilidade de um treinamento, junto à Universidade da Califórnia, para melhorar a estruturação de projetos ambientais, a fim de potencializar parcerias para investimentos internacionais.

“A gente precisa fazer esse intercâmbio sobretudo para gestão, liderança e construção de projetos. Precisamos ter planos para que os nossos servidores possam ser qualificados e para ampliarmos a elaboração de projetos”, pontuou o secretário de Estado do Meio Ambiente do Pará, Mauro O’de Almeida.

A proposta geral, segundo o presidente do Fórum, é oferecer aos estados,  capacitação técnica de alto nível, com impacto também para o desdobramento de políticas e mecanismos ambientais. “Isso é importante para que a gente consiga melhorar a capacidade técnica operacional das nossas equipes e, ainda, aumentar a capacidade política da Amazônia de forma integrada”, ressaltou.

Projeto Regional Janela B

Um dos pontos mais importantes da reunião, foi o alinhamento regional a respeito da execução da Janela de Financiamento da Inovação, também conhecida como Janela B, uma iniciativa do GCF para auxiliar os estados e províncias membros da Força-Tarefa na execução de programas e projetos para alcançar suas metas de reduções de emissões.

Atualmente, a Janela tem possibilitado a estruturação das políticas de REDD+ do Amazonas, para adequação do mercado de carbono estadual à metodologia ART-TREES – programa que desenvolve e administra procedimentos padronizados, de alto nível, para creditar reduções de emissões de grandes programas nacionais ou subnacionais de REDD+.